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Os perigos e prejuízos na saúde mental e emocional das crianças


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Na era digital, os eletrônicos fazem parte do cotidiano de muitas famílias, mas é essencial que pais e cuidadores estejam atentos aos riscos envolvidos, especialmente em crianças menores de 7 anos.


Mariana, mãe de um menino de 6 anos, percebeu que algo estava mudando na rotina da família. Antes, ele adorava passar horas brincando de faz-de-conta no quintal, inventando histórias e aventuras. Agora, seu tempo era dominado pelo tablet – vídeos, jogos e aplicativos coloridos ocupavam grande parte de seu dia. As birras aumentaram, o sono ficou irregular, e a paciência parecia estar cada vez mais curta. Preocupada, Mariana começou a pesquisar sobre os impactos dos eletrônicos no desenvolvimento infantil e ficou alarmada com o que descobriu.


Assim como a família de Mariana, muitas outras ao redor do mundo estão enfrentando um dilema moderno: como equilibrar o uso de eletrônicos com o bem-estar das crianças? Os números mostram que essa é uma questão urgente. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), crianças menores de 5 anos não devem passar mais de uma hora por dia em frente às telas, e quanto menos, melhor. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda ainda que crianças menores de 2 anos não tenham acesso a eletrônicos, ressaltando que o uso excessivo pode causar uma série de prejuízos à saúde mental e emocional.


Estudos recentes também apontam que o uso prolongado de telas em crianças pequenas está relacionado a um aumento nos níveis de ansiedade, dificuldades de atenção e distúrbios do sono. De fato, a Associação Americana de Pediatria (AAP) relata que o excesso de exposição a dispositivos eletrônicos pode prejudicar o desenvolvimento cerebral, impactando diretamente nas funções cognitivas e emocionais das crianças.


Principais Perigos:

  1. Dependência Tecnológica: O uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode gerar uma dependência precoce. As crianças podem perder o interesse por atividades essenciais para o desenvolvimento cognitivo, como brincar ao ar livre e interagir com outras crianças.

  2. Déficit de Atenção e Problemas de Sono: O excesso de estímulos visuais e sonoros pode causar dificuldades de concentração e distúrbios do sono, como insônia. A luz azul emitida pelas telas inibe a produção de melatonina, prejudicando o sono.

  3. Problemas Emocionais: O uso inadequado de eletrônicos pode impactar a capacidade de regulação emocional das crianças, tornando-as mais ansiosas e irritadas. A exposição a conteúdos inapropriados ou o isolamento digital pode agravar esses problemas.

  4. Prejuízo ao Desenvolvimento Social: A interação com telas em excesso pode prejudicar o desenvolvimento de habilidades sociais. As crianças precisam de interações face a face para aprender a interpretar expressões faciais, tons de voz e desenvolver empatia.


A história de Mariana é apenas uma entre tantas outras, mas o que podemos aprender com essas experiências? É possível encontrar um equilíbrio saudável entre o uso da tecnologia e o desenvolvimento infantil, ou estamos diante de uma nova epidemia silenciosa que afeta o futuro de nossas crianças? Aqui vão algumas sugestões práticas para buscar o equiilíbrio:


Ações Práticas para Reduzir os Riscos:

  1. Escolha Conteúdos de Qualidade: Prefira programas educativos e interativos, que estimulem a criatividade e o pensamento crítico. Aplicativos de leitura, quebra-cabeças e jogos que envolvem raciocínio lógico são boas opções.

  2. Incentive Atividades ao Ar Livre: Brincadeiras ao ar livre, esportes e atividades físicas ajudam a equilibrar o tempo que a criança passa em frente às telas e são essenciais para o desenvolvimento físico e emocional saudável.

  3. Estabeleça Rotinas Livres de Telas: Inclua períodos do dia sem o uso de eletrônicos, como durante as refeições, nas primeiras horas após acordar e antes de dormir. Isso ajudará a regular o sono e promover a interação familiar.

  4. Seja um Exemplo: As crianças aprendem pelo exemplo. Demonstre o uso saudável da tecnologia em sua própria rotina, equilibrando o tempo em frente às telas com outras atividades.


O uso de eletrônicos, quando descontrolado, pode trazer prejuízos significativos à saúde mental e emocional das crianças. Com limites claros e a escolha de conteúdos adequados, é possível reduzir esses riscos e promover um desenvolvimento saudável. Lembre-se de que a infância é um período único e que interações reais e brincadeiras ativas são insubstituíveis.


 
 
 

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